segunda-feira, 28 de março de 2011

Alegria de Pobre Dura Pouco

Meu bairro está passando por um boom imobiliário. Onde tínhamos casas teremos edifícios. Normal em toda cidade grande que só faz inchar (Salvador, meu amor, Bahia). Pois bem, há uns 06 anos atrás comprei um apartamentinho perto da praia para ter uma brisa gostosa, morar com mais espaço e com mais conforto.

Meu ap antigo era pequeno, poente, tinha uma quadra de futebol logo atrás e uma vista maravilhosa para favela. Coisas de primeiro apartamento... Quando resolvemos nos mudar foi uma peregrinação para encontrar algo que coubesse no bolso e que atendesse toda a nossa lista de 1000 prioridades. Demoramos , mas achamos, somos brasileiros e não desistimos nunca.

Nos mudamos com uma mão na frente e outra atrás. A mobilia do apzinho de 60m sumiu no ap de 100m. Mas ja está tudo nos conforme hoje. Mas, como o titulo deste post, alegria de pobre dura pouco, acharam a gente aqui na mordomia de um ap a 500m do mar e começaram a nos cercar de prédios por todos os lados.

Começaram a tapar a minha vista para o mar janela por janela. (dava para ver o mar da sala, das 02 janelas do quarto de Lucas, do quarto de Peu e da varanda do meu quarto). Parte da vista da sala já foi tomada. O golpe derradeiro será o empreendimento, sim não é um simples prédio, é um EMPREENDIMENTO chamado Nautillius. Duas torres com vista para o mar. Compraram as duas casas do fundo do meu predio para construir esta coisa singela. Só tenho uma coisa a dizer:

- Ei Sertenge, pobre tem direito a ver o mar sabia?




Primeira foto:  parte da obra que está me fazendo comer poeira, Segunda foto: a minha vista, por enquanto. O muro estabocadinho é do meu prédio. Acho que esta obra será uma novela. Aguardem proximos capítulos.....




terça-feira, 1 de março de 2011

O que é que a baiana tem?

Hoje ví um homem de bolsa. Quer dizer, era do sexo masculino. Mas o que me chamou atenção não foi o fato dele estar de bolsa, mas sim a bolsa ser uma Louis Vitton!

Ou seja, não basta ser bicha, tem que ser uma bicha de classe! gostei de ver. Salvador está cosmopolita, me sentí em Nova York. Foi por um breve instante, mas tudo bem. Assim que virei a esquina voltei à realidade da república das rasteirinhas.  Aqui se usa rasteirinha em dia de sol e em dia de chuva; Em shopping e em supermercado;  em empresas (Juro) e em lavagens. Só falta usar em festas de casamento e formatura, mas acho que é só uma questão de observar bem.

É muito democrático. As pheenas (tradução:finas) usam suas rasteirinhas com brilhos e pedrinhas, as lenhadas usam suas rasteirinhas de couro fake.  Moral da história: O sol nasce para todas mas só algumas  desfrutam do ar condicionado.
(filosofia de fundo de caminhão)

PS.: Eu tenho os dois tipos já que minha condição social ainda não está definida. O gosto é de pheena mas a conta corrente é de lenhada!